quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Agradando Luciana

Depois de algumas semanas do "cão", tipo TPM, mas daquelas que duram tanto quanto o carnaval de Salvador, minha vontade era fugir para um Resort (fresca, não! Phyna! Hahahahaha) e ficar fazendo 200 massagens relaxantes de frente para o mar.

Como a realidade é outra, tive que acalmar sem massagem e sem resort. Até arrastei o coitado (às vezes nem um pouco coitado, frise-se) do meu namorado para a praia e, mesmo com meu corpo - e minha alma - ansiando por um belo banho de mar para levar embora as coisas ruins (sou filha de Iemanjá), não molhei sequer meus dedinhos dos pés na água e assim poupei um novo stress: colocar meus 14 kg a mais sob exposição solar e ter que constatar que, efetivamente, estou parecendo o Pumba do desenho infantil "O Rei Leão".

Hoje, sem massagem, sem resort, sem banho de mar, decidi que tenho que fazer algo para mudar esta situação. Ok, há dias eu sei que tenho que fazer algo para mudar, mas como eu sempre repito, FOCO NA SOLUÇÃO! Então, embora eu esteja mais calma, resolvi fazer uma singela listinha de coisas - das mais simples as mais megalomaníacas - que  me agradam e me fazem feliz.

Meu namorado. Não se trata de carência, ou dependência, ou qualquer outra coisa. Ele me acalma. É para ele que eu ligo chorando quando dá alguma merda, quando estou de saco cheio, quando preciso desabafar. Exclua deste momento a parte das brigas, por favor (viu, Felipe?!!? Rs). Brigar com ele, só me deixa mais angustiada, estressada e triste.

Minha sobrinha. Amo aquela menininha magrela, "zoiuda" e loira como se fosse minha filha. A voz dela, aquela "vozinha" de criança de 4 anos, que ainda erra um monte de palavras, é de aquecer o coração. Exclua deste momento as manhas, birras, choros e mandonices.

Minhas amigas. Rir até chorar, rir até a barriga doer, "salientar os defeitos alheios", "salientar os defeitos umas das outras", tirar sarro umas das outras, ter histórias pra contar.

Banho quente. Eu amoooooooooooooo !!! Bastante água caindo e água quente! Pra ser melhor, com um monte de sabonetes, esfoliantes, creminhos cheirosinhos. Quer me ver feliz??? Me dê sabonete!!!! (Ok, sou esquisita).

Edredon, pijama, meia, pantufa. Adoro! E tudo de bichinho!!!!!! (Menos o edredon. Tenho consciência que ia ser ridículo, na minha idade, minha cama com edredon das Meninas Super Poderosas).

Maquiagem. Amo, amo, amo! Ir ao salão e sair com o cabelo perfeito, de unhas pintadas, com a sobrancelha perfeita. Ver que a pele do meu rosto está um espetáculo (leia-se: sem manchas, sem espinhas).

Liquidação, sapatos, roupas. O barulhinho da maquininha de cartão quando a transação é aprovada. O barulho do caixa eletrônico quando vão entregar as notas. Minhas contas pagas (e algum dinheiro sobrando!!!)

Novela, filme, seriado. Pizza, sorvete, esfiha, brigadeiro. Mc Donald's (não sei o porquê de ter engordado 14 kg #ingênua). Cerveja gelada sem ressaca depois (meu fígado agradece). Doce de leite. Pudim de leite moça.

Sentir minhas calças largas. Emagrecer sem fazer regime (eu tinha este dom, acredite!) Viajar. O barulho do mar. Cheiro de maresia. Tomar sol. Caminhar sem pressa. Jogar conversa fora. Música ao vivo (música boa, por favor!) Cantar junto com a  música (e enganar as pessoas com meu inglês too basic, rs). Dormir sem ter hora para acordar. Dormir abraçada com meu namorado. Dormir com a tv ligada. Comer na frente da tv.

Natal, carnaval e ano novo. Jantar fora. Velas. Jantar a luz de velas. Almoço em família.

Superar algo. Me superar. Me sentir bem. Me sentir em paz. Me sentir aceita...


terça-feira, 20 de março de 2012

Tuas Travas

Tuas travas
São só tuas, teus pesos e teus fardos
Que por essa estrada insistes em carregar.

Tuas travas
São teus medos, tuas angústias
Esta máscara que tu insistes em não tirar.

Tuas travas
Não me enganam e nem me iludem
Pois tuas fraquezas eu consigo enxergar

Tuas travas
Nos aproximaram e nos afastam
Porque hoje tu sabes que nunca conseguiu me enganar

Tuas travas
Te fazes humano
Mas tu insistes em renegar

Tuas travas
Não te fazes homem,como pensas
Te tolhe a vida porque estais a representar


Eu vejo além
Vejo através da máscara que escolheste
Para neste palco representar

E quando não vierem os aplausos
E quando tu enxargares que enganava-te a ti mesmo
E quando te faltares ombro, te faltares cor
Espero que tu tenhais coragem de sair de trás dos panos
Porque eu sei e tu sabes que o que te incomoda
É que sempre consegui ver tuas travas

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

Eduardo E Mônica

Legião Urbana

Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
Noutro canto da cidade
Como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita
- Eu não estou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas, eu vou me ferrar

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"

E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz

Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação

E quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

NO MERCY

O blog é meu e eu escrevo o que eu quiser. Brava? Mandona? "O Dono da Bola" (como dizia o texro da Ruth Rocha)? Pode ser. Mas aqui é meu lugar para desabafos, foi para isso que ele foi criado. Se eu quisesse um blog "super popular", divulgava no meu facebook. Isso aqui é um lugar para eu me sentir melhor.

EU. Pronome pessoal, primeira pessoa do singular. EU, nível de identidade, de acordo com o alinhamento de níveis neurológicos apresentados pela PNL. EU. Simplesmente, eu. Vonatde férrea. Teimosia. Orgulho. Intensidade. Desabafo. Mas nada fixo, porque aceitei para minha vida que sou uma metamorfose ambulante e prefiro ser assim "do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo", como já cantava Raul.

EU. Brava. Hoje sim, MUITO BRAVA. Sem desculpas, sem atenuantes, sem palavras bonitinhas. EU. Indignada (ou não). EU. Com uma imensa vontade de de falar poucas e boas pra muita gente. EU. Que falo palavrão, que não sou tão "boazinha" e "ponderada" como muita gente pensa. EU. com defeitos e virtudes, como qualquer ser humano. EU, apenas e simplesmente, eu. Sem máscaras, sem freios, sem pudores, sem educação, sem decoro.

Eu. Eu, 28 anos, com conflitos, com dor na consciência (por "n" motivos que não sinto a menor necessidade de falar). Eu, advogada (me decepciono cada dia mais com minha profissão, mas me orgulho de ter sido disciplinada e humilde o suficente para prestar QUATRO exames de ordem até ser aprovada). Eu, 1,70 de altura, alguns quilos a mais que não queria ter (mas o tempo soube distribuir minha gordura além dos antigos e detestáveis depósitos: rosto, braço, barriga). Eu, que não caibo direito nas minhas roupas, mas me sinto profundamente feliz e feminina ao ver que os quilos a mais me deram peito e bunda. Eu, que me olho no espelho e não vejo mais ares de "menininha", mas que me acho uma MULHER bonita pra caralho (humildade é o cacete e auto estima todo mundo tem que ter, bando de hipócritas), cada vez mais parecida fisicamente com a minha mãe, uma pessoa que eu sempre achei linda e sempre ouvi de muitos o quão bonita ela era (e torcia mentalmente para ter puxado o mesmo fenótipo).

Eu. Que sei que minhas qualidades vão além de "rostinho bonito" e bunda grande. Eu, que sempre prezei qualidades, valores, caráter e embora saiba de minhas limitações, sempre busquei ser correta. Eu. Que fui mulher pra caralho - e sempre serei - nos meus relacionamentos, buscando ser compreensiva, companheira e carinhosa. Eu, que não passo por cima das minhas vontades e dou a cara a tapa quando o bicho pega. Eu. Que sou orgulhosa, vaidosa, insegura e competitiva.

Eu, que já me moldei inúmeras vezes pelos outros. Eu, que busco referências, que me comparo. Eu. Que não tenho um pingo de modéstia para dizer que sou inteligente. Eu, que não me falta - que seja apenas agora - humildade para dizer que sou futil. Eu. Que sem o menor pudor acredito que apesar dos meus defeitos faria qualquer homem feliz.

Eu. Simplesmente, EU.

E no meio de tantas qualidades que eu ACREDITO que EU tenha, só tenho uma simples e "singela" (porém nada educada) frase entalada na garganta: VAI TOMAR NO CU!!!!!!

Eu, que mais educadamente, faço uso uso de um trecho de uma música do Skank, que acho excelente e não me sai da cabeça:

"Assim ela já vai
Achar um cara que lhe queira
Como você não quis fazer.
Sim, eu sei que ela só vai
achar alguém pra vida inteira
Como você não quis.
Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você cego nem nota"...


Sim, eu estou puta. E não é com quem passou. É comigo mesma,por ter me rebaixado a tanto. Todo mundo tem qualidades. Sim, eu sinto vontade de desabafar e corri essas linhas inúmeras vezes após botar o "veneno para fora". Eu, que vou dormir com a consciência tranquila e amanhãé mais um dia. Eu, que inda me sentirei incomodada por mais lagum tempo. Eu, que hoje me definiria como HONESTIDADE. Eu...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Carta (verdades que precisam ser ditas)

Caro amigo:

Te escrevo esta carta, porque escrever, sobretudo, esclarece os meus pensamentos e me acalma.

Tenho andado muito pensativa estes últimos dias. Pode não parecer, talvez até para mim não pareça, já que sempre que penso em você eu acredito que tudo vai dar certo no final. Não sei se é intuição ou se é só minha vaidade e meu orgulho me dizendo que as coisas ainda não acabaram.

Minha razão, por outro lado, me diz que preciso mudar meus comportamentos e tomar atitudes que outrora não tomei, como me afastar e seguir com a minha vida. E aprender de uma vez por todas a colocar ponto final nas coisas. E, principalmente, a confiar em Deus, confiar na vida e confiar naquela voz interior que todos nós temos - e ela me diz que não é você.

Acaba comigo ver que ainda tenho as mesmas atitudes erradas, ainda mais quando prometi a mim mesma que tudo seria diferente dessa vez. Não me orgulho da minha impulsividade, muito pelo contrário: me entristece demais ver que ainda não consigo me controlar e frear meu gênio. Me entristece mais ainda te mostrar um lado meu que não quero mais para mim e venho lutando (ainda que sem oferecer muita resistência) para mudar. Não é esse tipo de mulher que eu quero ser, tampouco quero que seja essa a lembrança que você tenha de mim, de uma pessoa sem qualquer equilíbrio, que se deixa comandar levianamente pelas suas emoções.

Talvez você puxe a responsabilidade da minha impulsividade para você, mas acredite: Não é culpa sua, eu sou assim. Mas não quero mais ser. Talvez você seja o espelho, o meu teste de fogo, para eu aprender a me domar ou continuar repetindo os mesmos erros, o mesmo padrão.

Sei que as minhas atitudes neste período é que mostrarão se eu realmente sou a mulher por quem você se apaixonou. Afinal, projeção e paixão não são apenas palavras que rimam, são sentimentos que na grande maioria das vezes andam lado a lado de mãos dadas. E por duas vezes eu já mostrei uma parte sombria do meu ser. Não te culpo se você se assustar. Não posso garantir que isso nunca mais vai acontecer. Só posso dizer que eu não quero que isso aconteça novamente; eu não quero mais ser assim.

Talvez seja essa a hora da verdade, onde a luz de que todos somos formados passa a recuar para que a sombra - que faz parte de todo ser humano - possa aparecer. Infantilmente, eu diria que para dar certo com alguém eu precisaria de alguém que se apaixonasse pelos meus defeitos. Mas "amar até os defeitos" só acontece em letras de música e em romances sofridos de banca. A realidade é outra.

Minha vontade agora é pedir para que você continue segurando a minha mão enquanto eu tento mudar. Que você acredite em mim e não faça como os outros, que optaram pelos meus defeitos ao invés das minhas virtudes.

Talvez tentar consertar as coisas só piore tudo agora. De forma alguma quero que essa carta pareça mais um ato da impulsividade de que eu tanto quero me livrar. Entretanto, ela não deixa de ser um exercício de humildade - e para uma pessoa orgulhosa como eu isso é libertador. Não faço isso para parecer mais "boazinha" aos seus olhos. Faço isso por mim. Quero, do fundo do meu coração, ser uma pessoa melhor.

Não sei como encerrar essa carta, sempre tive sérios problemas em conclusão nas dissertações da época da escola e em concluir minhas peças no trabalho. Devo confessar que agora eu me sinto mais calma. Me sinto mais em paz.

Você me importa. E muito! E eu sou assim: preciso colocar para fora, de alguma maneira, o que eu sinto para me sentir em paz. Mas quero imensamente me livrar dessa impulsividade que me faz parecer uma louca descontrolada.

Por fim, gostaria de encerrar essa carta com um parágrafo que chamou muito a atenção enquanto escrevia estas linhas, talvez pela sinceridade (embora ela toda tenha sido extremamente sincera), talvez porque finalmente tenha conseguido enxergar com clareza esse turbilhão de sentimentos dentro de mim:

"Minha vontade agora é pedir para que você continue segurando a minha mão enquanto eu tento mudar. Que você acredite em mim e não faça como os outros, que optaram pelos meus defeitos ao invés das minhas virtudes."

É o que eu sinto de mais forte neste momento.

Com todo o meu amor,

Luciana

domingo, 16 de outubro de 2011

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

Noite estranha.

Mistura de engraçada, com reflexiva com preocupante. Nada sério. Eu estou bem, graças a Deus, mas uma amiga muito próxima terminou recentemente o namoro. Durante a conversa, veio o tema: Por que certas pessoas erradas passam pelas nossas vidas?

Há um tempo, li algo que dizia mais ou menos que durante a nossa vida passariam pessoas que nos tornariam preparadas para a chegada do "the one". Acredito nisso. A gente aprende (ou deveríamos aprender) alguma coisa no final de cada relacionamento. E é alguma coisa sobre NÓS MESMOS. Saimos (ou deveríamos sair) mais maduros, mais fortes.

Mas mesmo essa convicção não afasta a perguntinha básica de todo fim de namoro (ainda mais quando se está beirando os 30 e, teoricamente, deveríamos estar mais "ligeiras" e menos dramáticas): Por que, Jesus, eu quebrei a cara mais uma vez? E aí a coisa segue: Sou uma boa pessoa. Não traio meus namorados. Não sacaneio ninguém. Não tenho vocação pra piriguete. Por que só me aparece homem problemático?
Bem... Já me fiz essas perguntas muitas vezes. Hoje, voltei a refletir sobre elas porque me foram colocadas pela minha amiga. Citei a fase do preparo, conforme expliquei acima. Mas aí me veio o insight: Tem pessoas que vêm para nossas vidas com "prazo de validade". Melhor dizendo (até porque estamos falando de seres humanos, não de iogurte), tem pessoas que entram nas nossas vidas com um MOTIVO, mas quando não será atingido o objetivo desse motivo, a vida trata de "botar a fila para andar".

Um exemplo clássico é quando você é super bem intencionada com o "namorado-problema". Eu mesma já tive um que bebia demais e, com 30 anos nas costas, vivia numa eterna quinta série psicológica. Quis muito ajudá-lo (muitas vezes até a força - ENORME ERRO). Mas depois de muito sofrer nessa relação, aprendi que NÃO ADIANTA QUERER AJUDAR QUEM NÃO QUER SER AJUDADO. E ponto. Para ele a vida estava boa desse jeito. Paciência.

Para não ser injusta, ele também, em sua passagem pela minha vida, me ajudou. Acredito que ele tenha chegado para me manter "ali" no momento em que minha família mais precisou de mim. Longa história, mas para mim, essa foi a finalidade primordial dele na minha vida.

Aprendi, também, que não vale a pena gastar vela com defunto ruim. E isso não é só com relacionamentos amorosos não. Com amigos também.

Não se trata de se encher de prepotência e querer impor ao outro a vida que achamos que seria melhor - Cadê o respeito?- mas sim, da dor de ver pessoas queridas metendo a cara na parede e a criatura NUNCA se ajudar. E você ali, com urticária para tomar uma atitude, com boas intenções, de oferecer ajuda, conselho, colo, orientação, indicação de cartomante, sei lá. Porém, a criatura prefere seguir ali, batendo a cabeça sem sair do lugar.

Até mesmo por uma questão de respeito, acredito que o negócio é deixar a pessoa seguir "a estrada errada que seguiu com suas próprias leis". Entretanto, confesso que é da minha natureza ser muito solícita e tomar as dores de quem eu gosto. Então fico maluca quando vejo algum amigo sofrendo. Mas não adianta, tem pessoas que não se abrem, não querem ou não sabem pedir ajuda. E por respeito, deixe o cidadão bater cabeça, oras!

Se por vezes eu me sinto uma péssima amiga deixando a criatura caída no meio da estrada? Muitas! Mas não invadir o espaço alheio é uma imensa maneira de ajudar.

Tenho comigo que todas as pessoas que chegaram na minha vida, chegaram por alguma razão boa. Me trouxeram alguma coisa que me ajudou a me transformar na pessoa que sou hoje. Aqueles que souberam aproveitar o que eu tenho de melhor, bem. Estes me tem ao lado deles até hoje. Mas tem MUITOS que vieram com um motivo e não conseguimos atinmgir o objetivo. Nem eu, nem eles, nem ambos. Mas passaram por mim. E por alguma razão (que saiba ela qual seja ou não).

Em Tempo: Texto longo e meio sem nexo dedicado do fundo do meu coraçõazinho sarcástico (mas que não deixa de ser um bom coração) a todos os falsos, mentirosos, problemáticos e etc que "por algum motivo" cruzaram a minha vida. Eu sei que EU estou longe de ser perfeita, mas eu SEMPRE FAÇO O MEU MELHOR. O melhor de mim, pode ter certeza, vocês tiveram. Se não souberam valorizar, so sorry. Perderam uma grande amiga.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Está no seu controle?

Não sou flor que se cheire. Fato. Todo mundo tem um lado bom e um lado mau e, embora eu tenha inúmeras virtudes (como qualquer ser humano), tenho também inúmeros defeitos. Um deles é inerente ao fato de não conseguir levar desaforo para casa. Trocando em miudos: se você me magoa, eu vou dar o troco. Isso chega até ser uma coisa meio inconsciente: quando vejo, lá estou eu desferindo os maiores impropérios, ainda que o discurso conte com algumas inverdades, só para revidar. Péssimo, eu sei. Mas vamos ser otimistas: Tomar conhecimento é o primeiro passo para mudança.

Se eu tenho esse meu lado orgulhoso e vingativo, por outro lado eu não consigo ser rancorosa. Basta a pessoa me pedir desculpas que tudo volta ao normal e eu até me sinto uma megera por ter brigado.

Entretanto, não posso querer que o outro perdoe e esqueça tão facilmente quanto eu. E nessa eu venho começando a colher os amargos frutos das minhas birras: Eu falo o que quero e o que não quero e tem gente que se magoa, sim. E não tem pedido de desculpas que dê jeito na situação.

Eu tenho inúmeras justificativas para o fato da situação ter chegado aonde chegou, mas uma coisa tenho que reconhecer: eu tenho também a minha parcela de culpa. Vamos ressaltar que é uma PARCELA, ou seja, uma PARTE. Não se trata de mais uma vez buscar atenuantes para minhas atitudes, mas sim de não mais abraçar culpas por erros não são exclusivamente meus.

Eu sinto muitíssimo em relação à uma situação onde eu abri minha grande boca e dei um belo de um coice para descontar o meu orgulho ferido. Talvez a proporção que uma simples frasezinha com uma dose de "veneno" embutida, só para a criatura se sentir tão mal quanto eu fiquei, tenha sido mais "astronômica" do que eu posso supor. Mas, por outro lado, não posso ficar me jogando na frente da pessoa, como se eu fosse um tapete, para esta passar por cima de mim, numa vã tentativa de autopunição, porque eu dei vacilo. Tampouco posso exigir que o ser humano me desculpe pelas minhas duras palavras e tudo volte ao sstatus quo ante .

A situação incomoda, me sinto péssima, não diria nada daquilo novamente, mas aí entra a libertadora frase do título deste texto: Está no meu controle fazer com que essa pessoa me desculpe e que as coisas voltem a ser como eram antes? Não! Não está. Me sinto mal, me sinto péssima, me sinto uma jaburuçu por ter afastado uma pessoa que me é tão cara. Mas não mais vou carregar a cruz (ou parte dela) que não me pertence.
Como diria minha sábia vó, eu "entrego para Deus". A minha parte eu fiz. Não está no meu controle a atitude do outro.

E a vida segue...